domingo, 9 de outubro de 2011

"O vendedor" - Quem é esse cara? Qual a sua importância?


Apenas por curiosidade: Você sabe o que é, ou melhor, o que era, um mascate?
 Era o vendedor ambulante que, até algumas décadas atrás, era o principal comerciante deste país,  vendendo mercadorias de porta em porta, realizando sonhos de consumo, concretizando fantasias.  Embora ainda existam mascates, em algumas áreas do interior do Brasil, esta profissão está quase extinta, já que  eles não são mais os principais vendedores deste país. 
Para conhecer melhor essa figura extraordinária, que o avanço tecnológico praticamente fez desaparecer, leia o texto abaixo, de autoria do Padre Gabriel.  




O MASCATE
(Pe. Gabriel)
Alguns dos meus leitores, provavelmente, ainda se lembram da figura do mascate. Ele foi o antecessor do camelô moderno. No sentido mais exato da palavra, ele era um verdadeiro vendedor ambulante. Na verdade, era mais ambulante que vendedor. Ia de casa em casa, carregando nas costas, sua mala de mercadorias. Sua mala surrada atiçava os sonhos de consumo de muita gente. Esse mérito do mascate, hoje, foi roubado pela televisão.  

Existem canais apropriados em vender quinquilharias. São capazes de empurrar no telespectador desprevenido, até mesmo, a lâmpada de Aladim. A eficiência para vender é tamanha, que junto à lâmpada, o consumidor compra, também, o remédio para acordar o gênio, caso ele durma lá dentro.

Diferentemente da televisão, o mascate não era apenas um distribuidor de sonhos. Ele conhecia as pessoas e sabia do que elas gostavam. Se a mulher era vaidosa, ela vendia os olhos da cara, para comprar os óculos da moda. O colar, não importava que fosse de ouro, ou não, mas era fundamental que brilhasse... A cliente sabia que ninguém, nas proximidades, iria usar o mesmo tecido. Nesse pormenor, o tamanho da mala ajudava. Cabia somente aquele pedaço de pano que era “coisa rara”.
Aliás, tudo na mala era coisa rara, inclusive ela. Abrir a mala era abrir o verdadeiro “baú da felicidade”. Não teria sido o mascate o responsável, em última instância, por essa expressão tão famosa?

O bom vendedor sabe que ninguém vende apenas mercadoria. Vendem-se sonhos. Comprar o “falso brilhante” era exercer o poder de impressionar. O terno listrado, nem me falem! Deixava mudo o concorrente. O mascate era o vendedor que inspirava confiança. Após a sessão de vendas, ia parar na cozinha. Tomava café, limonada, perguntava pela família e pelos vizinhos. Ele se tornava íntimo e inspirava confiança. Por causa disso se inteirava dos segredos de todos. Sabia que sua próxima visita coincidia com as vésperas do casamento de fulano ou a morte do cicrano, que andava “mal das pernas”. Por acaso, na próxima visita, ele incluía na mala um corte de pano preto, que poderia servir para o luto e alguns pares de alianças. As alianças teriam vendas certas. Quanto ao pano de luto, isso era meio arriscado. Talvez vendesse as novas alianças também para a viúva de segundas intenções. Por isso, o mascate era a pessoa mais certa das horas incertas.



Atualmente, vivemos no império da televisão. Ela é uma vendedora fria. Tem uma visão geral do ser humano. Talvez por isso, o vendedor ambulante ainda sobrevive.







... A vitrine atual é uma versão moderna da mala do mascate. As mercadorias, entretanto, são em números maiores. Mas o ser humano, elemento necessário, numa relação de compra e venda, você sabe onde anda?
Pois é, se cada vendedor agisse um pouco como os mascates, com certeza as vendas melhorariam muito!




Será que os vendedores modernos têm algo a aprender com os mascates?
Em que os vendedores atuais são melhores que os mascates?

Basta apenas vender?

Você sabia que uma pesquisa feita em várias partes do mundo, pela empresa Forum Corporate, em 2000, concluiu que 80% dos consumidores que mudaram de empresa estavam satisfeitos?


Ou seja, atualmente, apenas deixar os clientes satisfeitos não é mais o suficiente para conquistá-los para sempre. Devemos deixá-los mais do que satisfeitos. Na verdade, temos que transformá-los em verdadeiros fãs, fazê-los torcer a nosso favor.

A empresa como um todo é responsável pela imagem que o cliente terá dela. 

O vendedor é o canal mais importante, afinal está na linha de frente e representa a empresa frente ao cliente, mas não pode ser o único responsável pelo sucesso de um negócio.


Para que tudo dê certo num empreendimento, precisamos primeiro ter um produto, para depois comunicá-lo. Quando o cliente quiser comprar, precisamos oferecer um serviço para que ele passe a nos preferir e crie um relacionamento. Só assim podemos transformar os "clientes comuns" em fãs.





Pense no seguinte: os produtos que o cliente comprou até podem ser devolvidos a qualquer momento. Os serviços, também podem ser refeitos se ficarem abaixo do esperado. Mas, a experiência que o cliente teve no seu negócio não volta atrás. Você tem apenas uma chance de causar uma primeira boa impressão. Quando é boa, é boa! Quando é ruim...

Essa experiência, quando é inesquecível, faz com que o seu cliente seja o maior divulgador do seu negócio - e o melhor de tudo é que é de graça. É a famosa propaganda "boca a boca". 

Um cliente satisfeito, bem atendido, volta e, principalmente, traz mais clientes. Uma experiência boa transforma o cliente em fã e tem o efeito multiplicador. Gera outros clientes. 

O cliente sente quando passa pelas diferentes etapas da experiência. Quando apenas o produto é apresentado, o que importa é o preço. Quando você comunica, o cliente quer comprar. Se, além de tudo,  apresenta serviço encantador, ele até paga mais. Quando você o surpreende, passa a conhecê-lo e a entender seus gostos, ele vira fã.

O vendedor é um dos principais responsáveis por causar a maior e melhor experiência que o cliente pode ter. Ele é a "cara do negócio". É com ele que o cliente se relaciona; logo, é o principal responsável por transformar o cliente em fã do negócio.


Agora me diz: que tipo de vendedor você é?


Ótimos negócios a todos!
Sucesso, luz e principalmente, ótimas vendas!


Fonte: Sebrae

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