quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Colaboradores remotos - Home-office

Você já pensou como seria bom acordar, tomar o café da manhã com calma, levar as crianças à escola, deixar a esposa ou o marido no trabalho e voltar a casa para trabalhar? Seria bom, não é? Mas, conjugar este verbo no passado é ultrapassado. O “home office” - ou tele trabalho, teleatividade, trabalho móvel, à distância, remoto e até telecomutaçao - como é chamado, já é uma realidade, presente na vida de muitos trabalhadores brasileiros.
Contudo, não pense que esta modalidade de trabalho, que vêm crescendo nas metrópoles por fatores como trânsito, agilidade na informação e atendimento ao cliente, é sinônimo de moleza. Os profissionais que entram na área passam por um treinamento minucioso para aprenderem a administrar o tempo e, no caso de precisarem utilizar algum intervalo para resolver assuntos particulares, tratam de compensar as horas depois.Dados do Instituto Market Analysis comprovam que o home office é uma tendência das empresas modernas. De acordo com a pesquisa, o sistema já é adotado, parcial ou integralmente, em 23% dos funcionários do setor privado.As grandes corporações, geralmente da área de TI, como a gigante IBM, Dell Computers, Grupo Accor – composto pela empresa Ticket – Accenture, Serpro e Soma Agência, já estão adotando o teletrabalho. São as pioneiras no Brasil de um movimento que não é novidade em outros países.


A Ticket aliás, é uma das primeiras empresas nacionais a transformar parte de seus colaboradores (150 deles) em “remotos”. Parece-me um grande sucesso. O case que apresento a seguir foi retirado – e editado – de material desenvolvido pelo jornal Valor Econômico em sua edição de 17/10/2011.


“Assim como boa parte dos paulistanos, o gerente de negócios da Ticket, Leandro Guedes, gastava mais de duas horas por dia no caminho de ida e volta ao escritório. Até que a empresa decidiu dar um basta nesse sofrimento e implementou um programa de teletrabalho para a área de vendas. Instalou os equipamentos necessários nas casas dos funcionários do setor – com direito a acesso à internet, telefone celular, ajuda de custo para energia elétrica e verba para a compra de móveis – e concedeu liberdade plena de horário a quem aderisse ao programa.

A empresa fez questão, inclusive, de conversar com os familiares dos colaboradores para explicar a mudança. A partir daí, o desempenho de cada colaborador começou a ser avaliado pelos resultados e cumprimento das metas estabelecidas, sem levar em conta o número de horas trabalhadas.

‘Ter me livrado do trânsito e, com isso, ter a oportunidade de desfrutar de mais flexibilidade, foi o melhor que a companhia poderia ter me proporcionado. Consegui melhorar a minha produtividade e também a qualidade de vida’, diz Guedes.  No novo cotidiano, ele conseguiu até encaixar uma hora de academia por dia, algo que antes parecia impossível.

Iniciado há cinco anos e implementado de forma gradual, o projeto de teletrabalho da Ticket acaba de ser concluído com a transferência dos últimos 35 funcionários de São Paulo para home offices – um grupo que resistiu inicialmente à novidade, mas acabou cedendo diante da satisfação demonstrada pelos colegas. Agora, são 150 colaboradores que seguem esse modelo.

A mudança levou ao fechamento de 25 filiais físicas nas principais cidades do País, o que representou uma economia de R$3,5 milhões anuais apenas em aluguel. Mas o ganho foi muito além disso. A possibilidade de planejar o dia sem a exigência de passar pelo escritório resultou em cerca de duas mil visitas a mais por mês, para a equipe de vendas, com um acréscimo de 40% no fechamento de novos contratos – e reflexos diretos na remuneração de todos, baseados em comissões. ‘Há casos de funcionários que conseguiam fazer apenas duas visitas por dia e agora estão fazendo duas pela manhã e duas à tarde’, descreve a diretora de vendas Dalva Braga.

E para manter a equipe ligada à cultura corporativa e preservar a sensação de pertencimento, a empresa promove, semanalmente, almoços ou happy hours entre colaboradores de uma mesma cidade e reuniões quinzenais entre chefes e subordinados. Além disso, são realizados pelo menos dois grandes encontros anuais envolvendo todos os funcionários da empresa no País.”

Países, como Alemanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, EUA e Portugal já estão propondo legislações específicas para a regulamentação do teletrabalho, tais como Portugal (código de trabalho, artigos 233, 236, 237 e 239) e Estados Unidos (Telework Improvements Act). A Argentina, Colômbia e Espanha também não ficaram atrás”.



Aguardemos então como essa tendência poderá mudar a forma de trabalho no nosso país da maneira mais satisfatória possível, tando para as empresas, quanto para os colaboradores.






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